Afinal quem é São Martinho?
São Martinho nasceu na atual Hungria, na antiga cidade de Savaria na Panónia, muito próxima da fronteira com o Império Romano, por volta do ano 300. Sendo o seu pai um comandante romano, e como tal, pagão, acabou por ser criado em Itália.
Como tradição familiar, a ideia seria seguir os passos do pai numa carreira militar, pelo que, aos 15 anos, foi chamado para o exército romano, acabando por conhecer todo o Império Romano do Ocidente. Foi durante este período que conheceu o Cristianismo, a que se acabou por se converter, deixando a vida militar e batizando-se.
Tornou-se, então discípulo do bispo de Poitiers, Santo Hilário, na Gália, e foi por ele ordenado diácono e presbítero. Mais tarde acabou por regressar a Panónia, tendo conseguido converter a sua mãe.
Regressado à Gália, foi próximo de Poitiers que criou o mosteiro mais antigo da Europa, na região de Ligugé. Conhecido por realizar muitos milagres, São Martinho atraía multidões.
Era um pregador incansável e também o fundador das primeiras igrejas rurais na região da atual França, onde atendia ricos e pobres.
Morreu a oito de novembro de 397 em Candes e foi sepultado a onze de novembro em Tours, local de intensa peregrinação desde o século V.
É na data do seu funeral que se celebra o seu dia.
À volta da figura de São Martinho criou-se uma lenda, segundo a qual, num dia frio e chuvoso de inverno, Martinho, atravessando os Alpes coberto de gelo, montado a cavalo, avistou um mendigo a tremer de frio. Não tendo nada para lhe dar, naquele momento, Martinho pegou na espada e cortou o seu próprio manto ao meio, cobrindo o pedinte com uma das partes. Mais à frente, voltou a encontrar outro mendigo, com quem partilhou a outra metade da capa. Sem nada que o protegesse do frio, Martinho continuou viagem.
Ora, nesse momento, diz a lenda, que as nuvens desapareceram e o sol quente surgiu no céu, permanecendo o calor por três dias. Daí ser habitual o povo aguardar que, em pleno mês de novembro, volte o calor, a que designam “verão de S. Martinho”.
Na noite seguinte àqueles acontecimentos, Jesus apareceu num sonho a Martinho usando o manto do pedinte e dizendo aos anjos em voz alta: “Martinho cobriu-me com esta veste”.
No dia 11 de novembro por quase toda a Europa festeja-se o dia de São Martinho, variando as tradições de país para país.
Em Portugal a tradição impõe que se faça um magusto onde se assam castanhas. A acompanhar as castanhas bebia-se água-pé e era o dia escolhido para se provar o vinho que se tinha feito no mês anterior. Daí o ditado popular, “no dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho”.
A realização das fogueiras que deram origem aos magustos remonta a uma antiga tradição de comemoração do Dia de Todos os Santos. Nesse dia acendiam-se fogueiras e assavam-se castanhas.
Noutros países, como na Alemanha, acendem-se fogueiras e realizam-se procissões. Já em Espanha, por exemplo, mata-se o porco, o que acabou por originar o ditado popular “a cada cerdo le llega su San Martín” (“cada porco tem o seu São Martinho”). Já no Reino Unido a expressão “verão de São Martinho” está ligada, tal como em Portugal, à ideia de que o tempo melhora nos dias que antecedem o dia de S. Martinho.
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