O antecessor mais antigo do lápis serão, muito provavelmente, as varas queimadas com as quais os povos primitivos utilizavam as pontas para gravar inscrições nas cavernas, as chamadas pinturas rupestres. Já com os egípcios, há cerca de 3.500 anos, as supostas varas evoluíram para pequenos pincéis que permitiam a produção de linhas finas e escuras nas paredes.
Mais recentemente, os gregos e os romanos, há pouco mais de 1.500 anos, aperceberam-se que com os estiletes de metal também era possível fazer registos em superfícies.
Mas o verdadeiro antepassado do lápis talvez seja o seu “primo” romano stylus; que consistia num “pau” de metal fino, normalmente de chumbo revestido com alguma madeira e com os quais era possível escrever nos papiros.
Na época de Napoleão Bonaparte, em 1795, o francês Nicolas-Jacques Conté encontrou uma forma viável de produzir grafite aplicável à escrita a partir de material de qualidade incompatível, tendo assim nascido o lápis de carvão.

Diferença entre o lápis de carão e o lápis de grafite
O lápis de carvão ou o lápis de grafite são o instrumento de escrita mais económico, versátil e universal É um produto que não é influenciado pelas variações climatéricas, designadamente pela humidade ou calor, tem uma alta durabilidade e, mesmo debaixo de água é possível usar o lápis.
A principal diferença entre o lápis de carvão e o lápis de grafite está relacionada com as tonalidades que é possível obter num desenho, dependendo da sua utilização. No caso de carvão é possível obter negros mais profundos e tonalidades mais distintas


O desenho da esquerda foi efetuado a lápis de carvão. Ao vivo as zonas negras são ligeiramente brilhantes, o que acaba por ser incomodativo quando se analisa o desenho de vários ângulos.
Já o desenho da direita, realizado com lápis de grafite, por seu turno torna-se mais real, quase como se a figura ganha-se vida. As tonalidades das sombras e dos negros são muito mais abrangentes.
Basicamente, o lápis de grafite tem a sua mina constituída de grafite e argila o que torna possível uma grande variedade de artigos com diversos tipos de dureza e de intensidade de tom.

A escala de graduação dos lápis
Há quem esteja a iniciar-se no desenho, que, por falta de informação, utiliza o lápis mais tradicional, ou seja, o nº 2.
Esse lápis de grafite possui uma mina de grafite interna cujo grau de dureza é mediano, ou seja, não é nem muito dura, nem muito mole. É o lápis mais utilizado nas escolas e o mais vendido. Porém, para quem pretende desenhar, este lápis n.º 2 torna-se bastante limitador quando o que se pretende é reproduzir diversos tons de cinza e criar efeitos de textura.
Por essa razão, para este tipo de trabalho mais técnico, não há nada que se compare com a utilização do lápis de carvão, que, como já dissemos, permite a obtenção de vários graus de tonalidades, neste caso, até ao negro, que o lápis de grafite não permite.

Como já deverá ter reparado, muito lápis possuem uma inscrição com letras H, HB ou B. Qual o seu significado)
Lápis H – É duro e mais indicado para desenho técnico.
Lápis HB – Lápis fácil de ser encontrado, pouco mais forte que o H.
Lápis B – Este já é o oposto ao H, é mais macio e seu traço é mais escuro
Estas letras são muitas vezes acompanhadas de números

Escala supra refere a utilização do mais rígido para o mais macio:
9H > 8H > 7H > 6H > 5H > 4H > 3H > 2H > H > F > HB > B > 2B > 3B > 4B > 5B > 6B > 7B > 8B > 9B
Habitualmente, usam-se os lápis mais duros para fazer os esboços e assim como para desenhos técnicos, como as plantas de arquitetura. Os lápis mais macios são usados para desenhos mais artísticos e os intermediários servem até para a escrita (como o 2B, por exemplo).
Nos desenhos artísticos, tal como retratos, utiliza-se lápis H ou HB para os primeiros traços, o 2B para dar definição ao desenho e o 6B para o acabamento.
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